quinta-feira, 23 de junho de 2016

MÃE DE DOIS




Oi, gentemm!

Há tempos que eu queria escrever esse post sobre como está sendo ser mãe de dois, mas sei que eu tinha que esperar pelo menos algumas semanas, né? Para poder sentir como é de verdade a coisa, já que no primeiro mês a gente fica meio fora de órbita, sem saber nem que dia da semana é, nem se está de dia ou de noite, rs.
Pois bem, aqui estamos, há 3 meses e meio aprendendo a cuidar de duas crianças. Já adianto, gente, o negócio é difícil, viu! hahahaha Principalmente se o seu caso é como o meu: filho com idades próximas. Melhor, filhos pequenos. Aqui em casa são 2 anos e 4 meses de diferença.
É difícil porque o mais velho ainda é bebê, né? Então é tipo gêmeos, só que um resolveu nascer um pouquinho antes, hahahah! (Mentira, eu sei que gêmeos é difícil demais, gente!)

Então tá, vem comigo ler o que aprendi nesses últimos meses. Vai vendo:

VOCÊ ACHA QUE JÁ SABE TUDO. SÓ QUE NÃO.

Você sai do hospital super confiante, né? hahahaha Mas é só chegar em casa que o bicho pega.
Mas é lógico, né, gente! Cada filho é uma pessoa, são diferentes. Não tem como então ser tudo do jeito que foi. A gente meio que aprende tudo de novo, mesmo. Eleonora tinha um jeitinho especial para fazê-la dormir. Com Samuca não funcionou. Tentei milhões de vezes e me frustei. Até que descobri o jeitinho dele. E aí agora que tá indo a coisa.... 
Eleonora urrava no banho, então eu já tinha um arsenal preparado pra menina não berrar e eu poder dar o banho mais deflash do universo (Cara, ela urra até hoje! Quero morrer com isso!). Samuel adora tomar banho. Tô curtindo, ufa!  
Eleonora não foi um bebê chorão. Achei  que todos os bebês fossem iguais a ela. HAHAHAHAHAHA Samuel chora umas 5 horas por dia, pelo menos. Quase surtei. Tenho certeza que tem hora que nem ele sabe o porquê tá chorando.

DORMIR É PARA OS FRACOS

Se você acha que com 1 filho você já dorme pouco... Meu bem, com dois você descobre que não precisa de sono para viver. Na marra.
Tipo, quando o bebê dorme, você não vai dormir, você vai é dar atenção para o outro! E quando o outro dorme, o bebê acorda. E assim você entra num looping ad infinitum, até que milagrosamente parece que o dois vão tirar um soninho sincronizado. DE DEZ MINUTOS. (To chorando!)

O FILHO MUDO

Não existe mãe na face da Terra que não deseja que o filho mais velho fique mudo por uns 2 anos, hahaha! Cara, parece Murphy: é só Samuel dormir que Eleonora começa a falar alto e a me chamar berrando pela casa loucamente, como se estivéssemos a 15 km de distância. Pelo amor de Deus! Acho que a frase que mais falo na vida é: Fala baixo, Eleonora!
Acho não, tenho certeza! Porque ela vive repetindo isso pros brinquedos dela. hahahaha!
Perdoa.

PELOAMORDEJESUSCRISTO, O QUE EU FAZIA COM O MEU TEMPO?

Eu não tenho nem forças para comentar esse tópico. Só me pergunto mentalmente: como eu cozinhava antes? Como lavava roupa? Eu conseguia fazer xixi? Cara, eu lavava o cabelo que jeito? Tomar banho, oi? 
Quando alguém me liga pedindo um favor eu já penso: Senhor amado, pode ser pra 2018?
Não me perguntem como estou escrevendo esse post.

UMA HORA ALGUÉM VAI CHORAR

Uma hora um filho vai ficar chorando. VAI SIM! É inevitável. A maioria das vezes será o mais velho (não tem jeito!), mas nem sempre, viu?
Tipo, depois de uns 15 dias do parto, eis que eu fiquei sozinha com os dois pela primeira vez. 
A gente tinha acabado de levantar (óbvio que era por volta das 7h da matina e o pau já tava comendo). Eleonora vendo Frozen (lógico) no escritório e eu amamentando o Samuca (lógico) sentada no sofá há uns 5 minutos. 
Eleonora começou a coçar a parte baixa das costas e a lombar sem parar. Como ela já teve uma alergia séria ali, fiquei falando para ela parar de coçar. Ela não obedeceu (lógico). Falei: filha, por favor, tira a mão daí que vai fazer dodói na pele! Eis que, para o meu horror, ela tira a mão e a mão surge inteirinha suja.....de cocô! DE COCÔ!
A menina ficou mais desesperada que eu, falando "o cocô, mamãe, o cocô! Ecaaaaa". E para o meu desespero maior, ela começa a tentar limpar a mão na roupa, no cabelo e no móvel da tv. E aí, galera, como se vira nos 30 nessa? Arranca o bebê do peito, lógico, e vai acodir a cocozada.
Fim de história: Samuel urrou por uns bons 20 minutos, que foi o tempo que eu levei para limpar a menina e a sala.
Por isso, repito: uma hora um vai chorar.

FILHO NÃO TEM GÊNERO

A não ser que você for ryca, o que não é meu caso, você compra toda a parafernália infantil novamente.
Gente, quando foi que coisa de criança ficou tão cara assim? Jesusssss. Tá tenso.
Tem que usar as coisas do mais velho, não tem saída.
Para mim foi ainda mais difícil, já que só descobri que era menino no parto. Só comprei umas poucas roupinhas RN neutras (é muuuuito difícil achar coisa neutra, aff!), e deixei para comprar o restante depois que nascesse (se fosse menina, iria usar roupas e coisas da irmã, óbvio!). Só que, gente, quando eu entrei na primeira loja e descobri que a moça ia me pedir quase 100 conto num cobertorzinho, eu falei: nem a pau! Vai usar rosa de florzinha mesmo! hahahahaha!
Aqui então é assim: toalha rosa, banheira rosa, lençol de berço rosa. 
Alguém me acode: porque comprei tudo rosa na primeira gravidez? Eu nem gosto de rosa, aff!
CONSELHO DE AMIGA: compre coisas neutras! (Ai, Ana Luisa, mas eu vou ter só um filho e bla bla bla....  Meu bem, COMPRE COISAS NEUTRAS!)


E para terminar, este tópico:

O AMOR NÃO É O MESMO

Mas é do mesmo tamanho. É diferente, mas é igual. Deu pra entender? Rs.


Se um dia eu tiver mais filhos, é lógico que isso tudo aí de cima vai mudar. Só que vocês nunca vão saber, porque não vai existir tempo para escrever, hahahaha! Sério.


Beeeeeijo!


quarta-feira, 25 de maio de 2016

SAUDADES DO MAIS VELHO

Essa semana, a hora que Eleonora chegou da escola, o Samuca estava dormindo. O marido saiu para uma reunião, e por mais que eu estivesse cansadérrima, achei bom ter um tempinho só meu e dela.

Quando Eleonora chega da escola, ela tá só o pó e dorme rápido, por volta das 19h30; então temos cerca de 2 hs para dar banho e janta, por que depois disso o humor dela fica insuportável.

Lá vou eu, então, dar banho na bonita. Confesso que há tempos eu não fazia isso. Desde que descobri a segunda gravidez, o marido assumiu o banho da Cenora todos os dias. E, mesmo depois do Samuel ter nascido, ele continuou com a tarefa.
Pois bem, lá ia eu para o box do meu banheiro, quando ela segurou minha mão e disse:
- Mãe, tomar banho na banheira do Sumuiel.
- Não filha, você já é grande! Vamos no banheiro da mamãe!
- (Birra!!) NÃO! NA BANHEIRA DA LOLORAAAA.

Gente, lógico, a banheira era dela. Como que eu ia negar? Me dizzzz?

Eu sei que ela queria chamar atenção e queria um pouco de chamego. É normal o filho mais velho ter atitudes de bebê e agir como tal.
Mas, gente, depois fiquei pensando. Eleonora? Agir como bebê? Gente, ela AINDA é um bebê! É um bebê grandão, mas ainda é um. Não posso esperar atitudes totalmente racionais dela.

Já tinham me dito isso: o filho mais velho parece gigaaaaante depois que o seguinte nasce. É verdade!
Maaaas, temos que ter um cuidado com isso....rs....quantas vezes nesses últimos dois meses e meio, eu esperei que Eleonora agisse com maturidade, e perdi a paciência injustamente com ela. Afinal, ela simplesmente ainda depende completamente de mim, assim como o Samuca; são dependências diferentes, lógico que são, mas preciso estar sempre lá pra ela.

Me bateu, então, uma saudade gigantesca dela. Sério. Chorei loucamente. Queria tanto de volta meu tempo só meu e dela. Como passou rápido! 
Para ajudar (só que não), comecei a ver uns vídeos dela bebê, com uns 7 meses....depois com uns 10 meses...que saudade!
Saudades do ano passado, em que ela estava maiorzinha e se tornou minha companheirinha fiel. Toda sexta-feira tomávamos café-da-manhã na rua, em algum café da cidade, só eu e ela. Era tão bom! 

Agora que me dei conta, como foi difícil essa ruptura, de mãe de um para mãe de dois! Como é difícil se dividir. Como é difícil amar dois ao mesmo tempo. 
Ao mesmo tempo sim, porque agora não imagino mais minha vida sem o Pastel. Mas tô com saudade da vida só com Eleonora. Loucura, né? Rs.

Não vejo a hora do Samuca crescer um pouquinho (eu sou meio neurótica em sair de casa com bebê pequeno) para podermos ter um momento só nosso também, e de nós três. Mas também não tenho pressa (oi?). Agora já sei que bebezinhos não são bebezinhos por muito tempo, e por mais que seja ultra cansativo, é tão delícia esse tempo....

Ai, gente, mãe é tudo doida né...
É sim, fazer o quê. Se não fosse doida, ninguém pulava uma segunda vez nesse abismo incerto da maternidade, nem uma terceira, nem quarta....rs.

Só sei disso, enfim: saudades do meu bebezão essa semanaaaaa!



segunda-feira, 16 de maio de 2016

O LADO B

Aqui estamos mais uma vez.
Eu estava bastante empenhada em voltar com tudo com o blog assim que o Samuel nascesse, mas não deu.
Não foi pela falta de tempo (que realmente ficou bem escasso) e nem foi por falta de vontade. A verdade é que esse ultimo mês foi um dos mais difíceis da vida em termos emocionais, e eu precisei dar um tempo do mundo materno virtual, rs. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, enfim... juntou algumas pequenas críticas que chegaram aqui em casa, com pós-parto e recém-nascido, morte de dois avós meus e avó do marido. Tudo isso em menos de 4 semanas. Não há quem não surte, né?


E no fim, no meio do turbilhão emocional, não me perguntem o porquê (hahaha), acabou que me deu um pouco de ojeriza de ficar vendo em blogs, facebook, instagram e etc essa vida de mãe perfeita que muuuuuuitas mães virtuais parecem levar. Vidas onde parece que nada dá errado, sabe? Nada de ruim acontece.

É claro que ninguém quer ficar postando foto ou escrevendo sobre o que é difícil ou complicado da vida, mas algumas pessoas apenas mostram um lado irreal da maternidade e criticam qualquer um que tenta por um segundo discutir o lado B da coisa toda.


Sabe, gente, depois que a gente vira mãe, é normal ficarmos dentro da bolha materna e ficarmos de olho em toda essa parafernalha virtual sobre o assunto. É foto, é texto, é vídeo. A gente assiste e ponto. Mas, como a gente sabe a verdadeira realidade, conseguimos filtrar algumas coisas, e sabemos que simplesmente é impossível levar uma vida perfeita, do jeito que a gente gostaria que fosse.

Mas, quem não é mãe (nem pai), ou quem já foi há muito tempo (e os filhos já cresceram e esqueceu como é brava a coisa, rs) e quem acabou de ser mãe de primeira viagem, acredita naquilo que vê, e acha que a maternidade deve ser sempre aquele lindo comercial de margarina, com mães lindas e descansadas, filhos sorridentes e obedientes, sempre limpos e felizes.
HAHAHAHAHAHA. Só que não. NÃO.


Aí, gente, aconteceu que me deu canseira e preguiiiiiiça de ficar seguindo ou acompanhando a vida das "mães perfeitas". Por "mães perfeitas" deve-se considerar: mães de filhos que dormem a noite inteira desde 15 dias, que só mamaram no peito até 3 anos e não sei mais quando, que só comem comida orgânica e natural, que estão sempre limpos e bem vestidos, e que fazem milhões de atividades pedagógicas preparadas pelas mães para desenvolver o cérebro, o equilíbrio, a coordenação, a atenção, a capacidade motora e blablabla! Essas mães estão sempre lindas, maquiadas (mas elas negam), de cabelo escovado, unhas feitas e felizes. Gente, elas estão SEMPRE felizes.

Ah, me poupe, vai.


Por fim eu quis dar um tempo até do blog. Fiquei com medo de ser essa a imagem que estou passando para quem é leitor aqui. Eu não tive nem vontade de fazer o post de 2 meses do Samuca. :(



Só gostaria de deixar bem claro que eu sou mais do que a favor de uma discussão sobre a maternidade real, e sobre um maternar mais leve, sem neuras e sem culpas. Gosto de falar sobre isso pelo simples fato de ser tão difícil levarmos a vida de mãe numa boa, relaxar em meio ao caos, não surtar sempre e tentar ser feliz com a nossa realidade.

Eu reclamo pra caramba, gente, sério. Perguntem pras minhas amigas mães do whatsapp, hahahaha! MÃE RECLAMA, GENTE. Reclamar com outras mães, então, é a melhor coisa da vida. hehehe!
Mas tento sim, todos os dias, levar tudo isso de forma mais leve, vivendo um dia após outro.


E não, eu não sou mãe perfeita. E não quero ser julgada ou criticada por isso.

Na minha primeira viagem, com a Eleonora, eu engoli muita coisa e deixei muita coisa me culpar e me deixar para baixo; mas dessa vez não vai ser assim. 
Não tô mais nem aí, entendem?
Meu filho vai sim usar chupeta, e não quero ser criticada por isso.
Vai mamar no peito até quando quiser, e não quero ser criticada por isso.
E se tiver que dar mamadeira no mês que vem já, eu vou dar, e não quero ser criticada por isso.
Vai comer papinha da Nestlé se tiver que comer, e não quero ser criticada por isso.
Vai usar fralda até 4 anos ou sei lá, e não quero ser criticada por isso.
Vai ter que ir pra escolinha com menos de 1 ano, e não quero ser criticada por isso.


E não tenho vergonha ou medo de falar que as vezes estou cansada, que tenho vontade de sair correndo, de ter um tempo só pra mim, de ficar sozinha. Por que filho também às vezes enche o saco, gente, igual um tanto de coisa na vida. E também traz felicidade, igual outro tanto de coisa na vida.



Por fim, o que me resta dizer é que tá cheio de blog e insta de mães "de verdade", que valem a pena seguir e compartilhar a vida, mesmo para quem não é mãe. Não caia no conto do sou-mãe-maravilhosa-vou-para-disney-todo-ano-meus-filhos-não-dão-trabalho. 

A maternidade só é bela se trazer junto também todo a bagunça que ela envolve, senão, na verdade, não ia ter nem graça. Não ia ter aquele momento superação, sabe? Que a gente pensa: caraaaa, eu venci essa fase! Pode vim a próxima hahahahahahaha!


Beijos.












sábado, 9 de abril de 2016

1 MÊS DE SAMUEL

Terça-feira completamos 4 semanas de Samuel, mas o primeiro mês completo foi ontem, dia 8.
Tive que recomeçar a fazer aqueles posts de desenvolvimento que é mais para mim mesma que qualquer coisa; deixar registrado por aqui o crescimento dos pequenos é uma forma de poder se lembrar depois (e matar a saudade!), porque a gente esquece mesmo.

Esse mês foi engraçado: foi longo e curto ao mesmo tempo. Não parece que só faz um mês que Samuel chegou, mas ao mesmo tempo eu tô tipo "Quê? Um mês já?".  O primeiro mês da Eleonora pareceu um ano, de tão eterno que foi. Ainda para ajudar, como o caos ainda não se desinstalou por aqui, a rotina ainda não tá exata...por isso, pensar que já faz um mês que ele nasceu e eu ainda não tenho nada ajustado por aqui me dá um pouco de desespero. 
Enfim... vamos ao que interessa, então:

O MENINO

 - Samuel nasceu com 3kg100g e 47 cm; só que de acordo com a pediatra, ele nasceu um pouco maior, já que na consulta dos 15 dias ele já estava com 51 cm. Impossível crescer 4 cm em duas semanas.
Perdeu 300g no hospital, mas recuperou as exatas 300g em 15 dias de vida. Sucesso!
Acredito que ele deva estar com mais de 3kg e meio nessa altura do campeonato. É visível que ganhou peso: as bochechas encheram, as perninhas estão gordinhas e o barrigão enoooorme. Perdeu metade das poucas roupas que tem. Saiu das fraldas RN, e começou a usar as XP.

- Até aqui seguimos com o aleitamento materno exclusivo e em livre demanda, no esquema "Chorou?? Peito!!".
Na verdade, foi com o Samuel que eu realmente entendi o que é a livre demanda e posso sim dizer que é o que pratico. 
Com Eleonora, eu achava que não, mas eu tinha sim um certo controle sobre as mamadas, o tempo entre elas e o tempo de duração de cada uma. Muitas vezes, eu achava que não era hora dela mamar e tentava dar uma enroladinha com a chupeta. haha
Com Samuel não. Tá instintivo e livre. Chorou, vai mamar. Eu nem olho para o relógio, nem sei que horas que ele mamou antes, nem nada disso. Tem dia que ele vai pro peito mais de 15 vezes. Tem dias que vai só umas 6 vezes. Ele dita o ritmo, e eu vou seguindo. Não é fácil, tô exausta! Mas ao fim dessas quatro semanas, começamos por fim a ter um certo padrão: ele mama mais ou menos a cada 2h30. A noite o espaço entre elas é menor, por volta de 1h30 entre as mamadas. Na madrugada ficamos com 2h30/3h de espaçamento outra vez. Estranhei demais a diferença entre menino e menina. O tal minino homi mama muuuuuito! Rs.




- As cólicas já deram as caras por aqui. Aff. Começaram por volta de 2 semanas de vida e agora o bixo pegou. Entramos naquelas duas semanas de pico que nada consola a criança, nem remédio, nem banho quente, nem massagem, nem nada... o jeito é esperar passar e juntar paciência. Para as outras semanas, como a dor vem mais branda, vamos controlando com o que dá.

- O famoso babyblues, ou tristeza puerperal,  também deu as caras por aqui. Bem mais curto do que na primeira gravidez (durou nem 15 dias; na primeira vez foi um mês), só que muuuuuuito mais intenso. Desespero total. Angústia enorme. Muito choro. Muita vontade de sair correndo. Muito sono. Muito cansaço. Foi embora de uma vez, como se nunca tivesse aparecido. Muito louco isso, hormônios sem noção!

- Temos, por fim, um bebê mega curioso, um tanto manso e um tico manhoso (não no mal sentido! Gosta de um aconchego, e eu gosto disso!). Bebê guloso e impaciente para comer. Bebê que, por enquanto, tá a cara da família da mãe (veremos quanto tempo dura isso, já que mudam tanto).

A IRMÃ MAIS VELHA

Tá amando, tá odiando.

Os primeiros dias, confesso, foram tensos. Eleonora, como também ainda é um bebezão, não entendia porque tinha que dividir a mãe e o pai. Chorou muito, voltou a falar como bebê, quis puxar o pé do irmão, começou a acordar cedíssimo. Nada fora do normal, já esperávamos isso. Mas não deixa de ser difícil lidar, claro. Os momentos mais punks foram ela tentando bater no Samuel. Coitado! Nem um mês e já levou uns cacete da irmã. Foi difícil conter a vontade de ralhar muito com ela, e explicar que ele é pequenininho e blablabla. Confesso que algumas vezes pai e mãe perderam a paciência legal com ela.

Há uns dez dias a coisa aqui melhorou muuuuuuuito. Eleonora amadureceu visivelmente. Tá voltando ao normal, e começou a curtir o irmãozinho e a ficar ansiosa com a perspectiva de que daqui uns meses ele vai brincar com ela. Virou uma beijoqueira de plantão. E tá super paciente com os choros do irmão. Uma fofa!
Claro que nem tudo são flores, né? Temos que ficar de olho o-tem-po-to-do, senão ela vai lá e pá: tenta enfiar o dedo no olho do irmão, mas logo depois já tá chamando o "Sumuiel fofinho!".



OS PAIS DE SEGUNDA VIAGEM

Foi um mês difícil, mas tão mais fácil do que a primeira vez.
Estamos confiantes e estamos apanhando ao mesmo tempo. O cansaço bateu. O amor também.
Eu não tenho dormido mais que três horas por noite. O marido tem me ajudado em meio a rotina de trabalho.
Tivemos que pedir ajuda na parte da logística da casa e assim a rotina está se instalando a cada dia.
Uma coisa em meio ao caos é clara: estamos apaixonados!









Bom fds! :)


sábado, 26 de março de 2016

PAIS DE SEGUNDA VIAGEM

Samuel. 18 dias. 
Só dezoito? Parece que te conheço há uma vida. Tenho a impressão que há anos sei de você, reconheço seu rostinho de menino, olhinhos curiosos, perninhas inquietas.
É sério mesmo que eu nem sabia que era um menininho que chegava? Me parece surreal lembrar que lavei as roupinhas da sua irmã, caso viesse outra menina.
Hoje me parece tão óbvio que era você que tinha que nascer, assim, desse jeitinho.

"Sumuiel", sua irmã está apaixonada por você. 
Mal posso esperar para a amizade entre vocês dois florescer. Que cresça e permaneça.


Samuca, um dia você saberá o quão transformador foi estar a sua espera. 
Foi um exercício de autoconhecimento, de autocontrole, de desapego e de muita paciência. Foi um tempo especial para seu pai e eu, uma experiência incomparável, que acredito que todos deviam ter nessa vida. Desejo isso para você e sua irmã.
Quero que chegue o dia para te contar: demorei 40 semanas e 3 dias para descobrir que seria mãe de menino; seu nome foi escolhido minutos antes de você nascer, e ele nos veio assim, de repente, mas tão naturalmente... como tinha que ser.

Filho, você chegou e meu coração se encheu de alegrias. 
Novamente nossa vida se revirou e tudo mudou. Eu que achava que não seria tão diferente...mas, está tudo tão mais fácil e tão mais difícil ao mesmo tempo, e tudo novo.

Você é nosso recomeço, nosso novo desafio e nosso mais novo amor.

Te desejo vida longa e felicidade sempre. 
Ao nosso lado.



:)

sábado, 29 de agosto de 2015

O FILHO DO AMOR



Lá se vão meses (no plural) que descobri minha segunda gravidez. Mas sabe, as coisas, a vida são tão atropeladas que já me peguei com pensamentos desse tipo: nossa, esqueci! Tô grávida!
Cuidar de uma criança de quase dois anos, da casa e do trabalho quase não nos deixa tempo para apreciar a beleza de uma gravidez.
Estava assim até ontem.
Ontem fiz meu primeiro ultrassom dessa gestação (com 13 semanas já), e foi aí, de repente, que tudo pareceu tão real, tão verdadeiro, que na saída do consultório eu apenas segurei na mão do marido e disse: agora eu entendi, somos pais de novo!

E então eu passei o dia a matutar pensamentos que já me perseguiam desde o positivo do teste de farmácia. Desde a descoberta, eu ainda não tive pensamentos do tipo "será que vou amar igual amo a Eleonora?"; muito pelo contrário: já desde o início eu penso "que alegria, bebê, você já vem amado, e não terá pais ainda tão crus como teve sua irmã."

Pelo amor de Deus, eu não quero dizer que primeiro filho não chega amado. Primeiro filho chega com um falso amor. O amor que sentimos quando o bebê ainda tá na barriga é algo mágico, mas ainda traz muita ilusão com ele. Com o filho nos braços, o amor real nasce de mansinho, dia após dia (mas de forma avassaladora, vai entender) e ainda muito cheio de sustos, inseguranças e sentimentos de impotência. É com o tempo que ele se livra desses aspectos negativos e se torna puro e incomparável. Ainda assim, é sempre aquele amor com um pouco de medo, afinal, seremos para sempre pais de primeira viagem do primeiro filho, até o fim. É ele quem abre as portas de todas as fases de crescimento do ser humano.

Com o segundo filho (e os seguintes) parece que não são as mesmas preocupações que nos rondam a cabeça. Sabe, tudo o que eu penso é: meu marido trabalha 3 períodos, como vou pôr duas crianças para dormir sozinha? Como vou sair de casa com dois? E se um acorda o outro no meio da noite? Como que faz supermercado com dois, se com um já é punk? E se os dois ficam doentes? E se a mais velha não me deixa amamentar? E no banho, eu boto os dois juntos na banheira? E por aí vai.
Porém, aquele medo do desconhecido, do lado humano, esse não existe mais. Agora a gente já sabe que o amor pelas crias é algo tão raro que supera qualquer dificuldade que nos aparece. No primeiro filho tudo isso é muito amedrontador. A gente acha que não vai dar conta de digerir tanto sentimento novo que nos surge. 

É por isso então que te digo: segundo filho é o filho do amor.
É isso que basta. Agora já sabemos que o primeiro ano é punk, que as cólicas uma hora passam, que logo logo a gente dorme mais de 2 horas seguidas, que metade do enxoval é feito de coisas desnecessárias.

Aiaiai, o enxoval, hahaha! Eu, entrando no quarto mês já, só tenho 1 item para o enxoval desse segundinho (e pelo jeito vai ficar só nesse item um bom tempo): uma cadeirinha pro carro.
O resto vai pegar da irmã, ou emprestado, ou vamos nos virar sem. Aquele mundaréu de tralhas se torna meio supérfluo, agora já sabemos o que realmente é necessário e não gastamos rios de dinheiro pra nada.
Mas aí há sempre quem diga: Nossa, mas não acho justo o segundo não ter tudo o que o primeiro teve.
Meu amigo, vou te contar as coisas que o segundo filho terá que seria impossível providenciar para o primeiro: sentimentos paternos mais maduros, um coração mais paciente, amor incondicional desprovido de medos. Isso é impagável.

Segundo filho, que filho sortudo!

Talvez eu tenha também sorte em poder dizer que o meu coração já se multiplicou por 2. Estou bastante ansiosa para poder sentir "o mesmo amor de forma tão diferente", como me dizem os que já tiveram o segundo (o terceiro, o quarto...).

O que me espera pela frente, eu não sei. Só sei que na primeira vez eu me perguntava: que amor é esse? E dessa vez eu só digo: que amor incrível! :)

Bom fim de semana!





quinta-feira, 25 de junho de 2015

PÁRA QUE QUERO DESCER



De todos os obstáculos que a vida me apresentou até agora, não achava que esse seria o que me botasse mais medo, não achei que fosse o que mais me faria querer sair correndo, contorná-lo, evitá-lo, fugir....
Até agora, encarei o que veio de frente, com medo, às vezes muito medo, mas enfrentei. Saí de casa aos 17, encarei a faculdade, encarei viver fora do Brasil, encarei voltar pra casa dos meus pais (que é mais difícil que sair), encarei a pobreza de recém-formado (que meio que dura até hoje, hahahaha!) encarei o casamento, encarei a maternidade...e com ela encarei até agora os obstáculos mais desgastantes possíveis...mas, esse...esse tá me pegando. Não quero mais. Cansei. Não quero mais brincar de criança doente em casa.

Não sei se é a escolinha, não sei se é o clima, não sei se é porque ela mamou leite materno só até 11 meses, e também não sei se foram todos esses fatores juntos. O fato é que há 5 meses vivo a angústia de ver uma criança incomodada, sofrendo, irritada, sem ânimo. É claro que tem dias melhores, que ela sara, fica ótima e super disposta. Mas eu evito comemorar, porque né...vai que...e sempre é assim, volta tudo!

Quando grávida, eu brincava que queria que meu bebê fosse minha cara, mas queria que em duas coisas ele/ela puxasse o pai, e não a mim: não queria que viesse com minha cegueira (míopes entenderão!) e com minhas crises de alergia/asma/bronquite/rinite que me enlouquecem desde criança (sério, eu fico muuuuito mal). Bom, a menina veio com visão de lince (oremos!), enxerga tudo!! T-U-D-O! (esses dias viu uma bola debaixo de um carro que tava a uns bons 50 metros na escura garagem do prédio da minha mãe. Oi? Claro que eu não vi nem a pau, né!)....contudo, veio com esse pulmão e nariz maravilhosos da mãe (ironia define)!

Não pode fazer um ventinho que a menina tosse, espirra, se coça, dói a garganta, dá febre, sapinho (sim, sapinho! Porque cai a resistência), e vamos tentando cuidar disso tudo de uma vez só, com 4 braços (dois da mãe e dois do pai, hahaha), vamos fazendo malabarismo, mas não dá...piora daqui, piora dali, quando vemos, pimba! É princípio de pneumonia. E vai antibiótico, e vai inalação 5x por dia, e vai criança sem dormir há dias, berrando e vomitando o remédio, e pais que decidem dar o antibiótico injetável. Só que aí vira criança que berra mais, com a bundinha inchada, a fralda com sangue, perninha doendo, e crise que não melhora. Bom, no fim, tudo termina com Eleonora sem poder ver qualquer pessoa vestida de branco. Ela chora na-ho-ra! rs.

Sabe gente, eu não sei mais o que fazer. Eu tô entregando os pontos.
O pior é que eu não aguento mais o tanto de pitaco e conselho que eu recebo, o que me deixa milhões de vezes mais ansiosa, que deixa o pai mais perdido, e nós dois juntos uma pilha de nervos. "Dá homeopatia", "não lava o cabelo", "seca com secador", "não seca com secador", "dá suco de laranja", "dá vitamina C", "não dá feijão"(??????????), "tira da escola", "compra isso", "compra aquilo", "compra tal remédio".  Putz, nessa brincadeira já gastamos uma fortuna, sério.
Não, gente, pááááára! Só vem falar comigo se você tiver um super poder ou uma fórmula mágica que não vai mais deixar minha filha ficar um diazinho sequer doente, ok? Bom, se você for um pneumologista formado em Harvard, aí você pode vir falar comigo também. :)

Sabe, eu sei que as coisas não são assim tão simples, sei que é uma fase, sei que vai passar (eu tenho o mantra para isso, lembram?). Mas, às vezes, precisamos desabafar, porque por para fora faz parecer que o difícil virou fácil, mesmo que rapidinho.
Enfim, a bola da vez é uma febre que não passa, que persiste bem alta e nada ainda se manifestou. Não sei se espero infecção urinária, ou se espero uma dor de garganta daquelas, ou mais uma bronquite sem noção. 

O saldo materno dessas doencinhas sem fim: noites e noites sem dormir, olheiras gigantes, bebê no colo o tempo todo, casa num estado de caos, cabelo num estado de caos, unhas num estado de caos.
Entenderam por que quero sair correndo?

Mas não é isso o fim do mundo não. O que mata o coração, é ver a pequena assim tão para baixo, quando, na verdade, é uma criança tão sorridente e feliz.

Aguardemos para os novos capítulos dessa história. Espero que sejam mais animadores. 

Adieu!